Quais são os indicadores de maturação mais utilizados em estudos de crescimento e desenvolvimento?

	Estudo da matura��o biol�gica e a sua rela��o com as pr�ticas esportivas em escolares Índice Show Quais são os indicadores de maturação mais utilizados em estudos de crescimento? Quais as Maturaçoes mais utilizadas? Quais os métodos de avaliação do desenvolvimento maturacional? Quais são os métodos de avaliação da maturação biológica? Estudio de la maduraci�n biol�gica y sus relaciones con las pr�cticas deportivas escolares Study of biological maturational and its relationship with sports practices in school
	Mestre em Educa��o F�sica (UNIMEP) Professor de Educa��o F�sica (SME/RJ) (Brasil)	Rubem Machado Filho
	Resumo

          A adolesc�ncia pode ser considerada um fen�meno de desenvolvimento que s� se verifica no ser humano, uma vez que as crian�as nascem num estado de imaturidade relativamente superior �s demais ra�as de animais. Em seres humanos, a matura��o dos sistemas hormonal e nervoso central se processa ao longo de v�rios anos, atingindo seu �pice na adolesc�ncia, tanto com rela��o aos aspectos biol�gicos (crescimento som�tico) quanto ao desenvolvimento maturacional, social e psicol�gico.

          Adolescence can be considered a phenomenon of development that occurs only in humans, since children are born in a state of immaturity relatively superior to other breeds of animals. In humans, the maturation of central nervous and hormonal systems takes place over several years, reaching its peak during adolescence, both with respect to the biological (somatic growth) and the maturational development, social and psychological.

    Para Soriano, Mortatti (2007) matura��o � a estabiliza��o do estado adulto, resultante do crescimento e desenvolvimento, qualificando o indiv�duo a progredir para n�veis elevados de funcionamento, para eles um dos principais indicadores da matura��o biol�gica � a an�lise do desenvolvimento das caracter�sticas sexuais secund�rias (matura��o sexual). Eles citam que atrav�s da an�lise dos p�los axilares e pubianos para ambos os sexos, do desenvolvimento escrotal para o sexo masculino e do desenvolvimento mam�rio e da menarca para o sexo feminino � poss�vel separar em tr�s grupos segundo a matura��o: pr�-p�bere, p�bere e p�s-p�bere, o que permite estimar a idade biol�gica dos indiv�duos.

    Puberdade n�o deve ser confundida com adolesc�ncia. Enquanto se determina a puberdade por meio do desenvolvimento de um ou mais caracteres sexuais secund�rios, a adolesc�ncia � simplesmente uma fase de transi��o entre a inf�ncia e a idade adulta, independentemente da capacidade reprodutora, mas relacionada a fatores extr�nsecos como a depend�ncia emocional e financeira da fam�lia. A puberdade tem dura��o de dois anos, ao passo que o tempo de adolesc�ncia � de dif�cil defini��o (TOURINHO FILHO, TOURINHO, 1998).

    Na Adolesc�ncia, as transforma��es f�sicas e hormonais est�o em processo, as principais mudan�as corporais (aparecimento dos p�los pubianos, mudan�as no timbre de voz, crescimento da barba ou dos seios) que geram conflitos quando come�am a se manifestar, est�o se consolidando. Nas aulas de educa��o f�sica, o corpo de meninas e meninos est� em evid�ncia, construindo identidades e real�ando diferen�as (DUARTE, MOUR�O, 2006).

    Para Machado, Barbanti (2007) o processo de matura��o � utilizado para descrever os eventos que marcam o in�cio e o fim do desenvolvimento humano, processo este que em condi��es normais deve ser cont�nuo at� que se alcance a maturidade como seu produto final.

    Bertolino, Oliveira (2007) referem-se � matura��o como sendo o andamento, a seq��ncia e o progresso em dire��o ao estado biol�gico maduro, e ainda que tal fen�meno seja essencialmente biol�gico, nada impede que sofra severa influ�ncia s�cio-cultural e ambiental.

    Klug, Fonseca (2006) analisando a matura��o feminina relataram que considerando a aplica��o da idade de menarca no contexto esportivo, o treinamento f�sico aparece como seu influenciador. Em rela��o ao contexto sa�de, deve-se levar em considera��o se a idade de ocorr�ncia da menarca � adiantada ou tardia, pois determinados malef�cios associam-se a estas considera��es. A literatura aponta que, em meninas brasileiras, a idade da menarca est� ocorrendo em torno dos 12,2 anos, e nas meninas estrangeiras, a idade de ocorr�ncia da menarca est� pr�xima dos 12,9 anos. Concluiu-se que a idade de ocorr�ncia da menarca torna-se uma ferramenta que auxilia profissionais que estejam atuando com esta popula��o, al�m desta medida de matura��o servir como um marcador do desenvolvimento social (KLUG, FONSECA, 2006).

Tabela 1. M�dia de ocorr�ncia da menarca em algumas regi�es do Brasil

    Em rela��o aos meninos, Taquette, Vilhena, Paula (2004), relatam que a ocorr�ncia da semenarca acontece em m�dia aos 12,4 anos de idade.

    Segundo Gallahue (1989) a matura��o refere-se �s mudan�as qualitativas que capacitam oorganismo a progredir para n�veis mais altos defuncionamento e que, vista sob uma perspectivabiol�gica, � fundamentalmente inata, ou seja, � geneticamente determinada e resistente � influ�nciado meio ambiente. Por exemplo: a idade aproximada em que uma crian�a aprende a sentar , ficar em p� e caminhar � altamente influenciada pela matura��o.

    Com rela��o �s atividades esportivas, a categoriza��o atrav�s da idade cronol�gica ainda � uma pr�tica muito utilizada, podendo favorecer o desempenho das aptid�es f�sicas nos indiv�duos mais adiantados no processo de desenvolvimento biol�gico. Desta forma, a matura��o biol�gica deve ser considerada um elemento �chave�, podendo ser utilizada como vari�vel determinante para a categoriza��o nas pr�ticas esportivas (ULBRICH et al. 2007).

• BERTOLINO, C. L. B.; OLIVEIRA, P. R. Desempenho Motor, Composi��o Corporal e Crescimento de Praticantes de Atletismo de 11-15 anos de Campinas e Regi�o. Revista Treinamento Desportivo, V. 8, N� 1, pp. 18-24, 2007.

• DUARTE, C. P.; MOUR�O, L. Representa��es de Adolescentes Femininas Sobre os Crit�rios de Sele��o Utilizados para a Participa��o em Aulas Mistas de Educa��o F�sica. Movimento, Porto Alegre, V. 12, N� 03, pp. 227-248, setembro/dezembro de 2006.

• GALLAHUE, D.L. Understanding motor development: infants, children, adolescents. Indiana, Benchmark, 1989.

• KLUG, D. P.; FONSECA, P. H. S. An�lise da Matura��o Feminina: Um Enfoque na Idade de Ocorr�ncia da Menarca. Revista da Educa��o F�sica/UEM, Maring�, V. 17, N� 2, pp. 139-147, 2. Sem. 2006.

• MACHADO, D. R. L.; BARBANTI, V. J. Matura��o Esquel�tica em Crian�as e Adolescentes. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano, V. 9, N�1, pp.12-20, 2007.

• SORIANO, F. F. S.; MORTATTI, A. L. An�lise da Correla��o entre Dados Morfol�gicos, Desempenho Motor e Matura��o em Escolares de 11 a 14 anos de Idade, no Munic�pio de S�o Paulo (SP). ConScientiae Sa�de, S�o Paulo, V.6, N�.1, p. 179-188, 2007.

• TAQUETTE, S. R.; VILHENA, M. M.; PAULA, M. C. Doen�as sexualmente transmiss�veis na adolesc�ncia: estudo de fatores de risco. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 37, n� 3, p. 210-214, mai�jun, 2004.

• TOURINHO FILHO, H.; TOURINHO, L. S. P. R. Crian�as, Adolescentes e Atividade F�sica: Aspectos Maturacionais e Funcionais. Revista Paulista de Educa��o F�sica, S�o Paulo, V. 12, N� 1. pp. 71-84, 1998.

• ULBRICH, A. Z. et al. Aptid�o F�sica em Crian�as e Adolescentes de Diferentes Est�gios Maturacionais. Fit Perf, Rio de Janeiro, 6, 5, pp. 277-282, set/out 2007.

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Quais os métodos de avaliação do desenvolvimento maturacional?

Quais são os métodos de avaliação da maturação biológica?