Qual a importância da Missão Artística Francesa para a promoção e difusão do ensino de arte no Brasil?

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O quarteto está comemorando a conquista do Disco de Ouro | Divulgação/Prime ShowsO quarteto está comemorando a conquista do Disco de Ouro| Foto: Divulgação/Prime Shows

É através da obra de artistas plásticos estrangeiros que conhecemos, um pouco, de como era a vida no Brasil Colônia e o início do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, criado pela corte portuguesa. Agora as obras históricas, muitas que ilustram livros didáticos sobre a história do Brasil, chegam a Curitiba para a mostra "A Missão Artística Francesa – Coleção Museu Nacional de Belas Artes (MNBA)", que o Museu Oscar Niemeyer (MON), recebe a partir desta quarta-feira (18). Dividida em três módulos, a exposição apresenta um conjunto de 76 obras, entre pinturas, esculturas, relevos, desenhos e gravuras. São paisagens, cenas urbanas, desenhos de arquitetura e composições que testemunham os eventos históricos e as personalidades do início do século 19. Os trabalhos representam o importante legado construído e deixado por artistas plásticos integrantes da Missão Artística Francesa, que veio ao Brasil a convite da corte portuguesa, após a transferência da sede da corte de Lisboa para o Rio de Janeiro. Chefiados pelo intelectual Joaquim Lebreton (1760-1819), faziam parte da Missão os pintores Jean Baptiste Debret (1768-1848) e Nicolas Antoine Taunay (1755-1830), o gravador Charles Simon Pradier (1786-1848), os escultores Auguste Marie Taunay (1768-1824), os irmãos Marc (1788-1850) e Zepherin Ferrez (1797-1851) e o arquiteto Grandjean de Montigny (1776-1850). Divisão

Um dos núcleos é dedicado aos personagens que tornaram possível a vinda desses artistas para o Brasil. Neste segmento são exibidas obras em que são retratadas personalidades da época como D.João VI e o Conde da Barca.

O segundo núcleo reúne trabalhos dos artistas da Missão, onde são apresentadas as pinturas de Taunay e Debret, os desenhos de arquitetura de Montigny, as gravuras de Pradier e os relevos e esculturas dos irmãos Marc e Zepherin Ferrez. O último módulo é constituído por obras de artistas que fizeram parte da primeira geração de alunos da Academia Imperial de Belas Artes (AIBA), estruturada pelos integrantes da Missão. Entre esses alunos estavam os pintores Manuel de Araújo Porto Alegre (1806-1879) e August Muller (1815- 1883), o escultor Francisco Manuel Chaves Pinheiro (1822-1884) e o arquiteto José Rodrigues Moreira (1828-1898). As obras da mostra fazem parte do acervo do Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), que guarda o espólio francês, composto por mais de 300 trabalhos. O acervo construído pelos franceses inclui obras que Lebreton trouxe da Europa para servir como modelos, no ensino da arte, e que foram vendidas ao governo imperial, posteriormente. A Missão A Missão Artística Francesa chegou ao Brasil em março de 1816, em um período em que havia uma nova organização política no Brasil e na Europa. A corte portuguesa havia se instalado no Brasil, criando o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Enquanto a França vivia os reflexos da queda de Napoleão, em 1815. A Missão tinha o objetivo de oficializar o ensino das artes e criar uma escola de artes e ofícios na capital do Reino Unido, a corte portuguesa, a pedido do príncipe regente D. João VI. "Havia certa implicância com a chegada da Missão. Achavam que eles vinham interromper a evolução da arte brasileira, colonial, do barroco e do rococó, que já estavam decadentes. Eles foram os principais responsáveis pela difusão do neoclassicismo, que era a nova estética. Na minha opinião, a vinda deles foi muito benéfica e provocou uma grande transformação por aqui", afirma Pedro Xexéo, que assina a curadoria da mostra ao lado de Laura Abreu e Mariza Guimarães Dias. Xexéo também é um dos autores do livro "A Missão Francesa". Segundo o curador, grande foi a contribuição francesa para a cultura brasileira. Além de obras memoráveis, muitas até hoje preservadas, foram os artistas da Missão os responsáveis pela formalização do ensino das artes no Brasil e pela "formação de inúmeras gerações de artistas brasileiros do século 19". Dez anos após a chegada deles, em 1826, foi criada a Academia Imperial das Belas Artes, posteriormente transformada na Escola Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro.

A mostra, que retrata a fatos históricos e a paisagem antiga do Brasil, estará aberta para visitação pública a partir da quinta-feira (19), até o dia 29 de abril.

Confira outras atrações no Guias e RoteirosServiço: A Missão Artística Francesa – Coleção Museu Nacional de Belas Artes. Abertura para convidados nesta quarta-feira (18) e abertura para o público na quinta-feira (19). Museu Oscar Niemeyer (Rua Marechal Hermes, 999, Centro Cívico) Tel.: (41) 3350-4400. R$ 4,00. Até 29 de julho.

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  3. Obras de artistas franceses, que retratam o Brasil chegam ao MON

Qual a importância da Missão Artística Francesa para a arte no Brasil?

A Missão Artística Francesa foi um grupo de artistas e artífices franceses que, deslocando-se para o Brasil no início do século XIX, dinamizou o panorama das Belas Artes no país introduzindo o sistema de ensino superior acadêmico e fortalecendo o Neoclassicismo que ali estava iniciando seu aparecimento.

Qual o principal objetivo da Missão Artística Francesa em relação à educação?

Já a missão tinha o objetivo de estabelecer o ensino oficial das artes plásticas no Brasil, e acabou influenciando o cenário artístico brasileiro, além de estabelecer um ensino acadêmico inexistente até então. A missão foi organizada por Joaquim Lebreton e composta por um grupo de artistas plásticos.

Quais são as principais características da Missão Artística Francesa?

Os artistas da Missão Artística Francesa pintavam, desenhavam, esculpiam e construíam à moda europeia. Obedeciam ao estilo neoclássico, ou seja, um estilo artístico que propunha a volta aos padrões da arte clássica (greco-romana) da Antiguidade e do Renascimento.

Qual o principal motivo dos artistas franceses virem para o Brasil?

Os artistas franceses vieram para o Brasil em 1816 para retratar, através de suas obras de arte, a natureza e a sociedade brasileira da época. Chegada ao Rio de Janeiro, em 1816, a misão artística foi composta por um grupo de artistas franceses, a convite da coroa portuguesa.