Qual a relação entre a falta de chuva e a baixa produção de eletricidade?

Qual a relação entre a falta de chuva e a baixa produção de eletricidade?
Imagem aérea da hidrelétrica de Itaipu (Foto: Amilton Vieira / Editora Globo)

No final de janeiro, uma forte chuva em São Paulo provocou a queda de árvores na fiação elétrica, deixando uma estação de tratamento de água da Sabesp sem energia. Com a queda de luz na estação, todo o fornecimento de água destinado a mais de 1,2 milhão de pessoas na Grande São Paulo foi interrompido. Foi um caso isolado, e já resolvido, mas a situação mostra como a água e a energia andam de mãos dadas. Sem eletricidade, não temos água. Sem água, não temos energia.

O grande laço que une as duas crises é a forma como o Brasil escolheu gerar eletricidade. Historicamente, o país optou pela construção de usinas hidrelétricas, como uma forma de aproveitar a grande quantidade de rios. Em 2013, por exemplo, 70% de toda eletricidade gerada no país veio de hidrelétricas.

As usinas hidrelétricas não são uma unanimidade no Brasil. Por um lado, o setor energético defende a construção de grandes barragens, como Santo Antonio, Jirau e Belo Monte. É uma energia mais barata e polui pouco em termos de gases de efeito estufa. Por outro lado, há uma forte ala ambientalista que se opõe a essas obras - elas são gigantescas, causam grande impacto no entorno, e os rios que 'sobraram' para construir novas usinas estão na Amazônia, com o risco de impactar terras indígenas e a biodiversidade. Além disso, como a estiagem deste ano mostra, elas têm um ponto fraco: precisam de água para gerar eletricidade. Logo, em período de seca, a sua capacidade diminui.

Segundo o balanço energético feito pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), do governo federal, em 2013 as hidrelétricas geraram quase 25 terawatt-horas a menos do que em 2012 porque tinha menos água nos reservatórios. 1 TWh é, mais ou menos, o suficiente para abastecer uma cidade de pequeno a médio porte. Então, é como se 25 cidades deixassem de ser atendidas pela energia das águas porque não choveu.

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) mantém, em seu site, uma tabela atualizada com a situação dos reservatórios de hidrelétricas mais importantes do país. O nível dos reservatórios não chega a ser tão assustador quanto o da Cantareira (sistema de represas que abastece a Grande São Paulo), mas estão baixos o suficiente para nos deixar preocupados. No Sudeste, o nível é de 16,6%, e no Nordeste, de 16,2%. As duas regiões são as mais importantes para a geração de energia hidráulica do país.

A usina de Furnas, em Minas Gerais, é uma das mais secas, a ponto de uma reportagem do Estado de S. Paulo dizer que está "à beira do colapso". Atualmente, ela opera com apenas 9% de sua capacidade. No ano passado, na mesma época, estava com 34%, o que já era considerado baixo. Pelo menos duas usinas, menores, já secaram. A Usina de Santa Branca, no Rio Paraíba do Sul, em São Paulo, parou de funcionar na semana passada. Uma semana antes, a usina de Paraibuna, no mesmo rio, também tinha secado. Termelétricas foram acionadas para suprir a energia que as duas deixaram de produzir. 

Nas últimas semanas, ÉPOCA conversou com vários especialistas em energia para tentar entender o apagão que ocorreu em janeiro e a crise que vive o setor. Será que a seca coloca em risco toda a energia? Segundo o engenheiro nuclear Luiz Pinguelli Rosa, o risco de um racionamento de energia não é tão grande quanto em 2001 porque hoje há mais termelétricas para sustentar a ausência de geração de energia das hidrelétricas. Mas isso cria um problema: estamos consumindo energia mais cara e mais poluente. Já segundo o ex-reitor da USP José Goldemberg, o problema foi a falta de planejamento do governo, que investiu em novas usinas, mas elas não ficaram prontas no prazo previsto, e por isso o sistema ficou no limite.

Seja como for, o risco de um novo apagão, mesmo que pequeno, é real. E como vimos no caso do corte de luz na estação de tratamento da Sabesp, a falta de energia pode piorar o já combalido sistema de abastecimento de água. Ou seja, se nada for feito para para conter as duas crises, a hídrica e energética, no pior cenário, podemos terminar 2015 sem água e sem luz.

Qual a relação entre a falta de chuva e a baixa produção de eletricidade?

Porque a falta de água influencia no abastecimento de energia?

Mais de 70% da eletricidade gerada no país vem de hidrelétricas, mas com a falta de chuvas, pelo menos dois reservatórios de usinas já secaram. No final de janeiro, uma forte chuva em São Paulo provocou a queda de árvores na fiação elétrica, deixando uma estação de tratamento de água da Sabesp sem energia.

O que pode causar com a falta de água nas hidrelétricas?

No Brasil, as usinas hidrelétricas são responsáveis por mais de dois terços da energia gerada no país. Assim, a falta de chuvas e a escassez de água afetam o fornecimento de luz, gerando apagões, racionamento entre outras medidas.

Como a falta de água afeta a produção de energia elétrica?

No caso do Brasil, com aproximadamente 65% de uma única fonte, a escassez desta provoca forte impacto e fica mais difícil o suprimento dessa falta. O governo já sinaliza a contratação de mais geração de energia elétrica de termoelétricas, tornando a fatura de energia mais onerosa ao consumidor.

Como a falta de água afeta a economia?

A crise hídrica impacta diretamente na produção de alimentos. ... A projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do setor agropecuário caiu de 2,6% para 1,7%, conforme um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Qual a relação entre água e energia elétrica o que acontece com abastecimento de energia quando falta água?

Isso quer dizer que em períodos de chuva, quando há aumento significativo do volume de água, a produção de energia nas hidrelétricas aumenta. O contrário também acontece, em períodos de estiagem, com pouca frequência de chuvas, há uma redução na produção de energia elétrica.

Porque a geração de energia elétrica fica prejudicada quando falta água em alguns reservatórios brasileiros?

Quando a vazão dos rios está grande, as águas estão abundantes e geram muita energia mecânica (e, consequentemente, da elétrica). Já se a vazão dos rios está baixa, a produção de energia hidrelétrica fica prejudicada.

Qual a relação entre a água e a energia elétrica?

A força da água em movimento é conhecida como energia potencial, essa água passa por tubulações da usina com muita força e velocidade, realizando a movimentação das turbinas. ... Atualmente, as usinas hidrelétricas são responsáveis por aproximadamente 18% da produção de energia elétrica no mundo.

Qual a relação entre o ciclo da água e a produção de energia elétrica?

Isso quer dizer que em períodos de chuva, quando há aumento significativo do volume de água, a produção de energia nas hidrelétricas aumenta. O contrário também acontece, em períodos de estiagem, com pouca frequência de chuvas, há uma redução na produção de energia elétrica.

O que a água tem a ver com a luz?

A água não é capaz de emitir qualquer tipo de radiação visível, somente absorvê-la ou refleti-la. É por isso que dizemos que a água é uma fonte secundária de luz. Essa propriedade indica que a cor da água depende da luz que incide sobre ela.

Qual o destino da água após ser utilizada para geração de energia?

Em grande parte dos casos, sua utilização engloba geração de energia, refrigeração de equipamentos, lavagem de carros, irrigação de campos para cultivo, combate a incêndios, limpeza de ruas e irrigações de jardins.

Quais são as principais razões para a falta de acesso à água?

  • Segundo a ONU, as principais razões para a falta de acesso à água são: falta de acesso à educação e ao trabalho. Os países árabes são os que mais enfrentam estresse hídrico. Além do crescimento populacional e das mudanças climáticas, a região sofre com conflitos e violência em países menos desenvolvidos, como Sudão, Somália e Iêmen.

Quais os principais motivos para a escassez de água no Brasil?

  • Especialistas afirmam que um dos principais motivos para a escassez de água no Brasil é o uso inadequado do solo. No Centro-Oeste, por exemplo, estão concentrados os rios e as nascentes mais importantes do país, devido a sua localização no Planalto Central. A região é conhecida como berço das águas e tem como bioma o Cerrado.

Quem é a maior consumidora de água no mundo?

  • A agropecuária é a maior consumidora de água atualmente, responsável por 69% da retirada anual de água no mundo. As residências particulares respondem por 12% e a indústria (incluindo a geração de energia), por 19%. De acordo com as estimativas, 31 países passam por estresse hídrico entre 25% e 70%.

Por que a ONU reconhece o acesso à água e ao saneamento básico?

  • A ONU reconhece o acesso à água e ao saneamento básico como um direito universal. A meta é que os países membros trabalhem para que todas as pessoas tenham acesso a esse direito até 2030. No entanto, a demanda crescente por água pode afetar a produção de alimentos e gerar conflitos.

Qual a relação entre a falta de chuva e a baixa produção de eletricidade?

A falta de chuvas poderá levar ao aumento do uso de usinas termelétricas, significando uma elevação no custo da geração de energia nos próximos meses. A conclusão é do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), que se reuniu hoje (8), em Brasília.

Qual é a relação entre a falta de chuvas e o fornecimento de energia elétrica?

No Brasil, como quase 80% da nossa energia vêm das hidrelétricas que dependem das chuvas, se chove pouco, a energia encarece. É como o preço de qualquer produto que dependa do clima, como o tomate e o feijão, por exemplo. Se a oferta cai e a procura continua, ou até aumenta, o produto fica mais caro.

Qual a relação entre chuvas e produção de energia elétrica?

Quer dizer que, em períodos de chuva, quando há aumento significativo do volume de água, a produção de energia nas hidrelétricas aumenta. Já o contrário também acontece. Por isso, em períodos de estiagem, é normal que ocorra uma redução na produção de energia.

Como a falta de água afeta a produção de energia elétrica?

Em 2021, o Brasil enfrenta o menor nível de chuvas em 91 anos, o que aumenta o risco de desabastecimento nas principais usinas hidrelétricas do País. O cenário também é atribuído à gestão do setor elétrico por parte do governo federal.