Qual é a energia mais barata?

Segundo especialistas, as duas principais delas são usar uma fonte alternativa (como os painéis solares) ou aderir à chamada Tarifa Branca. Mas é preciso avaliar para saber se eles realmente se adequam ao perfil de consumo daquela família.

Fontes alternativas de energia

No caso das fontes de energia alternativas, o consumidor pode optar por instalar estruturas, como painéis fotovoltaicos ou mesmo "contratar" créditos de energia gerados em outro lugar. No primeiro caso, os painéis são instalados na casa daquele consumidor e a energia proveniente deles é consumida pela casa. Caso ele gere mais do que o consumo da casa, essa energia é "aproveitada" pela concessionária fornecedora (como a Enel, Light e etc) e o cliente, então, ganha "créditos" para serem abatidos no valor da conta de luz.

"Desde 2012 há a possibilidade da geração distribuída, que é quando você instala um painel na sua casa. O painel gera, a partir da luz do sol, energia durante o dia. Enquanto ele estiver gerando, o que você consome vem dele. Mas talvez você não consuma tudo que ele gera. Então você joga pra rede o excedente do seu consumo. Em alguns países, você vende a energia pra ela. No Brasil, você não vende, mas a energia que você joga pra rede depois é abatida daquela que você recebe da distribuidora. Porque à noite, por exemplo, quando o painel não está gerando energia, você usa o da concessionária", afirma Diogo Lisbona, pesquisador da Fundação Getulio Vargas (FGV).

O especialista conta que em 2015, a Anel permitiu que um mesmo consumidor possa aproveitar créditos de uma unidade remota. A partir daí, surgiram empresas que instalam painéis solares ou mesmo usinas de energia eólica em grandes espaços e "comercializam" o crédito gerado ali.

"É como se você arrendasse uma terra e a empresa que faz isso se encarrega de instalar os painéis e aquele lugar está gerando energia que será compartilhada com várias pessoas que arrendaram aquela terra", diz. "Isso é uma maneira de, na prática, comercializar energia sem ser comercializadora. Vira uma prestação de serviço, o que em última instância é uma brecha para comercialização de energia", conclui.

Segundo Lisbona, o consumidor tende a "recuperar" o dinheiro gasto na instalação de painéis solares em sua casa em um período médio de três anos.

Ponto de atenção

Mas há um fator importante que deve ser levado em consideração. Está em discussão no Congresso o Projeto de Lei 5829 de 2019 que fala da geração de energia solar. Atualmente, os créditos conseguidos a partir da geração são abatidos da conta de energia da concessionária. Porém, ainda que o consumidor que tenha um gerador forneça mais energia do que ele consuma, ele ainda paga os demais custos da conta de luz (como as tarifas de transmissão da concessionárias, tributos e etc).

Segundo Henrique Lian, diretor da entidade de defesa do consumidor Proteste, o PL propõe que as cobranças sejam proporcionais ao uso da estrutura das distribuidoras. Dessa forma, as taxas e tributos passarão a ser calculados após a compensação dos créditos. Ou seja, após deduzir o montante de energia consumida do total que foi gerado.

Ou seja, antes o consumidor gerava os créditos e os descontava da conta total (que contabilizava energia mais tributos). O PL, então, propõe que os créditos sejam descontados proporcionalmente, após a compensação (com uma porcentagem descontada da energia, outra descontada dos tributos, etc).

Caso aprovado, o PL traria aos consumidores que já têm o painel ou vão instalar nos próximos meses um "incentivo" a proporcionalidade das demais taxas, abatidas pelo crédito gerado. Segundo Lian, esse incentivo é fundamental para que mais pessoas decidam, no curto prazo, aderir a esse tipo de energia.

"Em nenhum lugar do mundo isso aconteceu sem incentivo. E a pequena geração é a mais limpa de todas, pois reduz a necessidade de construção de mais infraestrutura de distribuição, além de evitar o acionamento de termoelétricas, com alto custo para os consumidores em geral”, conclui.

Tarifa branca

Para quem não quer instalar nenhum tipo de painel, uma outra opção para se poupar energia é aderir à chamada Tarifa Branca. Essa modalidade cobra mais caro pela energia consumida em uma casa em horários de pico (como o começo da noite), mas, em contrapartida, oferece energia mais barata em horários em que há pouca demanda, como o meio da tarde e a madrugada.

Segundo Lisbona, ela é ideal para aquelas pessoas que têm mais flexibilidade no horário. "Para quem consegue mudar seu comportamento de consumo pra reduzir ao mínimo no horário mais caro, essa tarifa é melhor do que a tarifa residencial convencional", afirma.

Ele explica que todos os consumidores de qualquer lugar do Brasil podem pedir à sua concessionária essa mudança para aderir à Tarifa Branca. Os horários nos quais a energia é mais cara ou mais barata, no entanto, dependem de cada distribuidora de energia.

"A tarifa na hora de ponta é mais cara e isso varia para cada distribuidora. Mas, às vezes chega a um custo 80% mais elevado nesse horário. E ele também varia para cada distribuidora, mas em geral é no começo da noite. Já a tarifa fora ponta é cerca de 15% a 20% mais barata do que a tarifa convencional", afirma.

Qual tipo de energia é mais barata?

A energia solar e a energia eólica são consideradas as fontes de energia mais baratas do mundo, segundo a Lazard, pois são provenientes de fontes gratuitas e inesgotáveis, além de terem seus custos diminuindo cada vez mais com o avanço da tecnologia.

Qual a energia mais barata do Brasil?

Quais estados contarão com conta de luz mais barata.
Energisa Borborema (Paraíba): redução média de 5,26% (pode variar conforme o consumidor);.
Enel RJ (Rio de Janeiro): redução de 4,22%;.
CPFL Santa Cruz (São Paulo): redução de 2,32%;.
CPFL Santa Cruz (Minas Gerais): redução de 2,32%;.

Como ter a energia mais barata?

7 dicas para você ter a conta de luz mais barata.
Procure equipamentos com etiqueta de consumo econômico. ... .
Cuidado com o uso do ar-condicionado. ... .
Evite colocar o chuveiro no modo inverno. ... .
Invista em energia renovável. ... .
Tire os aparelhos da tomada. ... .
Valorize a iluminação natural do ambiente..

Qual é o tipo de energia mais cara?

A geração de energia elétrica por usinas térmicas é mais cara e quem acaba pagando o custo adicional é sempre o consumidor com a variação tarifária.