Qual é a porcentagem de crianças e jovens no total da população brasileira de idosos?

O Brasil possui uma população de 210,1 milhões de pessoas, dos quais 53.759.457 têm menos de 18 anos de idade (Estimativa IBGE para 2019). Mais da metade de todas as crianças e adolescentes brasileiros são afrodescendentes e um terço dos cerca de 820 mil indígenas do País é criança. São dezenas de milhões de pessoas que possuem direitos e deveres e necessitam de condições para desenvolver com plenitude todo o seu potencial.

Embora o País tenha feito grandes progressos em relação à sua população mais jovem, esses avanços não atingiram todas as crianças e todos os adolescentes brasileiros da mesma forma.

Nas últimas décadas, o Brasil reduziu significativamente a taxa de desnutrição crônica entre menores de 5 anos (de 19,6% em 1990 para 7% em 2006), atingindo, antes do prazo, a meta dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). Entretanto, a desnutrição crônica ainda é um problema em grupos mais vulneráveis, como indígenas, quilombolas e ribeirinhos. De acordo com o Ministério da Saúde, em 2018, a prevalência de desnutrição crônica entre crianças indígenas menores de 5 anos era de 28,6%. Os números variam entre etnias, alcançando 79,3% das crianças ianomâmis. Ao mesmo tempo, aumenta progressivamente o consumo de alimentos ultraprocessados (alimentos com baixo valor nutricional e ricos em gorduras, sódio e açúcares) e a prevalência de sobrepeso e obesidade no Brasil. Uma em cada três crianças de 5 a 9 anos possui excesso de peso, 17,1% dos adolescentes estão com sobrepeso e 8,4% são obesos.

Entre 1990 e 2018, a taxa de mortalidade infantil caiu de 47,1 para 13,1 mortes para cada 1.000 nascidos vivos, de acordo com o Ministério da Saúde. Em 2016, pela primeira vez em 26 anos, as taxas de mortalidade infantil e na infância cresceram, voltando a cair no anos posteriores. No entanto, desde 2015, as coberturas vacinais – que vinham se mantendo em patamares de excelência – entraram em uma tendência de queda. De 2015 a 2019, a cobertura vacinal da poliomielite caiu de 98,29% para 79,42%, e a da tríplice viral, de 96,07% para 91,57% (PNI).

De 1990 a 2019, o percentual de crianças com idade escolar obrigatória fora da escola caiu de 19,6% para 3,7% (Pnad 2019). No entanto, mesmo com tantos avanços, em 2019, 1,5 milhão de meninos e meninas ainda estavam fora da escola (Pnad, 2019). E essa exclusão escolar tem rosto e endereço: quem está fora da escola são os pobres, negros, indígenas e quilombolas. Uma parcela tem algum tipo de deficiência. E grande parte vive nas periferias dos grandes centros urbanos, no Semiárido, na Amazônia e na zona rural. Muitos deixam a escola para trabalhar e contribuir com a renda familiar.

Além do desafio de acesso escolar, há quem esteja na escola sem aprender. O sistema de educação brasileiro não tem sido capaz de garantir oportunidades de aprendizagem a todos. Muitos meninos e meninas são deixados para trás. Ao ser reprovados diversas vezes, saem da escola. Em 2018, 6,4 milhões de estudantes das escolas estaduais e municipais tinham dois ou mais anos de atraso escolar.

Para o UNICEF, a face mais trágica das violações de direitos que afetam meninos e meninas no Brasil são os homicídios de adolescentes: a cada hora, alguém entre 10 e 19 anos de idade é assassinado  no País [estimativa do UNICEF baseada em dados do Datasus (2018)] — quase todos meninos, negros, moradores de favelas.

O Brasil tem uma das legislações mais avançadas do mundo no que diz respeito à proteção da infância e da adolescência. No entanto, é necessário adotar políticas públicas capazes de combater e superar as desigualdades geográficas, sociais e étnicas do País e celebrar a riqueza de sua diversidade.

O UNICEF reitera, mais uma vez, seu compromisso de atuar, lado a lado, com Brasil pela garantia dos direitos de cada criança e adolescente. Sem exceção.

Mais de 10 por cento da população brasileira é formada por idosos, revela IBGE; cenário será discutido em congresso inédito

Enquanto a população brasileira cresceu 7,6% em uma década, o número de idosos saltou 41,6%. É o que revela uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.

Conforme o levantamento do IBGE, em 2012, a população brasileira era estimada em 197,7 milhões de pessoas. Destas, 15,2 milhões tinham 65 anos ou mais de idade – 7,7% do total de habitantes.

Já em 2021, a população brasileira foi estimada em 212,5 milhões de pessoas, das quais  21,6 milhões tinham 65 anos ou mais de idade. O número representa um percentual de 10,2%.

Também no ano passado, a maior parcela da população (88,1 milhões) tinha entre 30 e 59 anos de idade. Adolescentes entre 14 e 17 anos representavam apenas 12,3 milhões.

Ainda conforme a pesquisa, no mesmo período, o número de crianças entre 0 e 13 anos (41 milhões) somava cerca de um milhão a mais que o de pessoas entre 18 e 19 anos (40,1 milhões).

De acordo com o IBGE, em 2021, pessoas de 30 anos ou mais passaram a representar 56,1% da população total. O percentual era de 50,1% em 2012.

Enquanto a parcela de pessoas com 60 anos ou mais saltou de 11,3% para 14,7% da população, o grupo de pessoas com menos de 30 anos de idade apresentou queda de 5,4%. A maior redução foi observada no grupo de adolescentes entre 14 a 17 anos (12,7%).

Congresso inédito

As consequências deste aumento e os diferentes aspectos da longevidade serão discutidos durante o I Congresso Nacional da Pessoa Idosa – Perspectivas Existenciais e Materiais. Marcado para 25 de outubro, o evento reunirá grandes nomes do Direito da Família e das Sucessões em transmissão ao vivo por meio da plataforma Zoom. Clique aqui, saiba mais sobre o evento e garanta a sua participação.

Leia mais: Avosidade e reconhecimento socioafetivo são tema de artigo na Revista IBDFAM


Atendimento à imprensa:

Qual a porcentagem da população idosa no Brasil 2022?

Nesse período, a parcela de pessoas com 60 anos ou mais saltou de 11,3% para 14,7% da população. Em números absolutos, esse grupo etário passou de 22,3 milhões para 31,2 milhões, crescendo 39,8% no período.

Qual é a porcentagem de crianças e jovens?

Os dados mostram ainda que o percentual de crianças e jovens de 6 a 14 anos matriculados no Ensino Fundamental ou no Ensino Médio chegou a 96,2%, o menor valor desde 2012. Em 2019, esta taxa era de 98,0%.

Qual o percentual da população idosa no Brasil?

O avanço dos números ultrapassou a previsão do IBGE, uma vez que a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua) de 2017 aponta que 14,6% da população brasileira têm 60 anos ou mais de idade, correspondendo a 30,3 milhões de pessoas.

Qual o percentual de jovens na população brasileira?

No AR em 08/08/2021 - 19:30 Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, os jovens entre 15 e 29 anos correspondem a 23% da população brasileira, somando mais de 47 milhões de pessoas.